sábado, 16 de março de 2024

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A Psicologia Social valoriza os mecanismos de defesa de nossa personalidade, coisa que praticamos mecanicamente em nosso cotidiano. A colunista Ruth de Aquino, no Segundo Caderno de O Globo nos fala hoje do filme "Zona de Interesse" e do muro que separa física e mentalmente o campo de Auschwitz da casa de família cujo chefe é o responsável pelo campo. Ao extrapolar para o mundo cotidiano Ruth faz um síntese significativa: "O muro está também em nossa retina, olhamos para outro lado, tapamos os ouvidos. Evitamos os noticiários sobre o genocídio em Gaza, o afogamento de imigrantes, os massacres na África, os envenenamentos na Rússia, os bombardeios na Ucrânia. Os tiroteios, sequestros, assassinatos nas rodoviárias, nos trens, no morro do lado de nossas casas. Ali, bem ali onde moram nossas empregadas e suas famílias." E adverte: "É inevitável sentir calafrios com o avanço da extrema direita em todos os continentes. Com uma linguagem bélica, ultranacionalista e ameaçadora". São tempos tóxicos, difíceis de respirar e ver a realidade que se expressa ao lado, conjugada ao meio ambiente que se nos oferece como o ovo da serpente. E quem pode fazer, as elites e os poderosos, usam certamente seus mecanismos de defesa, quando ou se precisam deles. E nada fazem, como se não fosse com eles

 

O MARACANÃ É DE TODOS OS TORCEDORES CARIOCAS

O MARACANÃ É UMA MARCA DO FUTEBOL BRASILEIRO E UM ORGULHO ESPECIAL do TORCEDOR CARIOCA. No tempo da Globo o Maracanã foi privatizado para o Flamengo e foi responsável por grande parte do sucesso do Flamengo nos anos 80, 90 e anos 2000, concluindo com essa administração egoísta, que trata seu adversário principal, o Vasco, como inimigo. Agora nega (como pode contrariar a lei?) que Nova Iguaçu e Vasco decidam a disputa no Campeonato Carioca, o que representa prejuízo financeiro sobretudo para o Clube do Grande Rio.  Ele é administrado por um consórcio Fla x Flu onde alguém terá que me dizer o que faz ali o Fluminense. NÃO CABE A NENHUM CLUBE ADMINISTRAR O MARACANÃ. Isso se deveu a nossas administrações públicas ineptas as duas, municipal e estadual.  Não me estranha a atitude do Flamengo que é confirmada pelo comportamento desregrado e covarde de alguns de seus dirigentes contra torcedores comuns.  Repito que se nossas administrações públicas fossem de qualidade era hora de excluir Flamengo e Vasco da nova concessão. O Flamengo não gosta, mas O MARACANÃ É DE TODOS.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

 CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL

Em fins de dezembro passado o colunista do Globo, Carlos Alberto Sardenberg escreveu uma página antológica que caracteriza a contaminação institucional brasileira e mostra como isso virou uma coisa trivial em Brasília e portanto no Brasil. Políticos e juristas e locupletam em decisões absurdas que quase sempre prejudicam as finanças do país. isso virou coisa comum e não discutida em nenhuma instância. É corrupção, não pode (O artigo se chama "Gente, não pode!"). Não tenho razão para discordar de Sardenberg, então tenho de ficar inconformado com esse estado de coisas, envergonhado das autoridades do país. Brasília é uma Corte como a de Luiz XIV. O Estado são eles, os poderosos de Brasília e todos os seguidores em todo o país. São figuras poderosas porque assaltam os limites legais outorgados pelo povo.

Todas as reações:
João C. Alexim

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024


Entendendo o Jogo

Sou do tempo da “informação de cocheira”. Como estou aposentado, perdi essa fonte. Trabalho com sinais de fumaça, lógica primária, ruídos, leitura de jornais, audição de telejornais e comentaristas. Faço uma geleia e tiro minhas conclusões, sempre provisórias. Ainda assim mais seguras que muitas outras fontes, porque entra nisso minha experiência de ter trabalhado 20 anos no jornalismo esportivo. (Ah, uso também ilações (por que não, se a justiça usou em questões fundamentais). Muitas afirmações as vejo respondidas (sic) na mídia tempos depois.

 

Marcelo Barreto, excelente colunista de O Globo, bota hoje o dedo nas feridas da organização e dos resultados do Campeonato Brasileiro de Futebol e Torneios colaterais. Aponta a impossibilidade de surgir alguma coisa boa nessa área, considerando os rachas atuais. Não sei se ele acrescenta a tal justiça esportiva, se não, eu boto.

Já afirmei antes do absurdo das suspensões de Santos e Vasco, incluindo seus estádios. A liberação do Santos, (justa nos termos) foi antecipada por medida sei lá qual, para enfrentar justamente o Vasco. Jogar com o Santos com uma torcida sangrando não deixa de ser mais uma punição pro Vasco. Basta contrastar o ritmo e disposição dos jogadores do Vasco e do Santos. No primeiro tempo o Vasco até jogou melhor, mas já saiu de campo com 3 a 1 contra. Na euforia do Santos, um jogador habilitado fez exibição provocativa em campo, provocou uma guerra e não houve segundo tempo. Jogadores do Vasco caíram na armação e mais ainda o juiz. Pelo primeiro tempo (1 a 1) se presumia um lindo jogo no tempo final.

O VAR mandou no jogo e isso explica muito. Mas sobre isso já me esgotei.

 

domingo, 10 de dezembro de 2023

     



Não confundo Israel com o povo judaico que construiu uma história civilizatória principalmente religiosa e cultural, que impactou o mundo ocidental

      

OS CONFLITOS ATUAIS

  1. Todos os conflitos que atualmente ocupam nossa mídia e abalam nossas esperanças de um mundo melhor, contêm um fundo de verdade, guardam meias verdades e não se justificam junto ao conceito das Nações Unidas, o maior instrumento de desenvolvimento e paz já criado pelas próprias nações que ocupam esse planeta.
  2. O mais antigo deles é o do Oriente Médio onde os palestinos são tratados há anos como cidadãos de segunda ordem e Israel ocupa contra a decisão de meio mundo no seio das Nações Unidas. Estranham que um grupo radical avance com pedras e paus contra um circo armado na sua porta celebrando um mundo que está proibido a eles. Fazer show de música e alegria nas barbas do povo ocupado é no mínimo falta de piedade. Pau e pedra porque faltam-lhes outras armas que sobram em Israel. Não estou justificando, sou pela justiça e paz. Israel tem o direito de se defender mas não acho que os palestinos ameacem esse país, eles não têm força para isso. Seus foguetes são bombas caseiras que são barrados facilmente pelas barreiras tecnológicas de Israel. E se esquece que juridicamente a defesa tem de ser proporcional à ofensa. Não vejo proporcionalidade. Sem discutir as escalas, apenas para facilitar o raciocínio, Israel faz um massacre étnico, quase como lhe fizeram na Grande Guerra. Com a desculpa de acabar com o Hamas, sabendo que não se acaba com um movimento social radical, apenas os justifica, O Hamas está distribuído pelos países árabes vizinhos, como acabar com o Hamas?  Israel vai destruindo um país. E nem tem o outro lado do mesmo país como exemplo, porque lá na Cisjordânia pratica a neocolonização, expulsando os moradores locais para fazer a ocupação
  3. Que saudade do Israel de origem, um país que assombrou o mundo com seu projeto de conquista do deserto e convívio de paz com os vizinhos. Recordo que não confundo o governo de Israel de hoje com a lendária história dos judeus, nossos irmãos bíblicos.

  4. A Região do Essequibo é litigiosa, conforme reconhece o último acordo. Então não há estranhamento nessa reivindicação venezuelana. Mas a forma é totalmente irregular e talvez apenas um ato político. O certo é reabrir a questão e acorrer às Nações Unidas. Talvez um estado fraco como o guianense seja o prato desejado pelas petroleiras que exploram esse país. Que tal mostrar ao mundo os contratos existentes atualmente.  Vão construir na Guiana um novo califado com um poço ao lado?
  5. A Ucrânia já tem potencial de país com maturidade para exercer sua independência e soberania. Mas sua posição geopolítica entre potências ambiciosas faz com que seja preciso ter acordos para não reforçar um ou outro de dois grupos gigantes de conglomerados políticos. De novo o instrumento teria de ser as Nações Unidas.
  6. O problema é que o mundo passa por um momento de anestesia mental onde vale o livro de Bárbara Tuchman sobre a "Marcha da Insensatez, de Troya ao Vietnã" (e podemos estender a todo o Planeta Terra).
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  11. O jornal Globo traz hoje duas faces do conflito no Oriente Médio. Um diplomata de Israel no Brasil tenta explicar por quê morre mais palestino que israelense, usando puras falácias. E do outro lado a especialista italiana Francesca Albanese, relatora das Nações Unidas, num trabalho informativo das regras internacionais, de página inteira, mostra como Israel está fazendo limpeza étnica com os palestinos, empurrando-os para o Sinai o que lembraria os judeus no gueto de Varsóvia, no Holocausto. Ela denuncia a ocupação israelense na Zona de Gaza e, pior, no território palestino da Cisjordânia. Enquanto seja certo que os judeus comuns são iludidos porque eles vêm também das mesmas origens palestinas, as autoridades radicais extremas fazem o que aprenderam na Guerra, a tentativa de extermínio de um povo, nas barbas da comunidade internacional, com o patrocínio dos Estados Unidos. Francesca diz claramente que não foi o Hamas que deu início a essa guerra, embora tenham sido bárbaros em outubro, Gaza está ocupada sob punição israelense desde antes de 7 de outubro e na verdade desde a criação de Israel em 1947. O país palestino é um território ocupado por Israel desde então e não tem autonomia para investimentos e modo de vida regular. O que recebe de ajuda não pode ser usado em desenvolvimento. Chega de submissão a um cerco midiático contra os palestinos, que os próprios árabes , seus irmãos, como Israel, com suas distorções financeiras também não ajudem. O sonho de Israel é expulsar do mapa os palestinos e incorporar todo o território na região. Não Vê quem não quer. E infelizmente.