quarta-feira, 16 de maio de 2018

Da Televisão


Da Televisão

Na avaliação da página de esporte do O Globo o jogador Juan, do Flamengo, naturalmente, já aposentado e ressuscitado pelo clube várias vezes, vale 50 vezes os demais clubes cariocas juntos, a julgar pelo espaço destinado. Isso é parte dos subsídios que esse clube recebe para entrar em campo com vantagens sobre os outros. 03\09\17

As novelas da Gloria Perez sempre dão boa audiência, ela seleciona temas de atualidade e faz uma mistura atrativa. E como escreve sozinha não pode ser abundante nos textos. Resultado, os diretores precisam armar as cenas mais longas e silenciosas, e os atores enfrentam o desafio de lances mais arrastados e closes de cinema. Nessa perspectiva o núcleo da Estudantina ganha destaque acima do que seria esperado se fosse apenas parte da pontuação da montagem.  A estruturação dramática é simplória e previsível, os recursos ao rodízio e ao bordão aproximam a novela do Zorra Total. Mas se tá dando certo, pra que discutir com o ouvinte?  03\09\17
A dança está sub representada na televisão brasileira. Por isso se deve saudar a dança dos famosos (muitos não tão famosos) no Faustão. O duro é ter de suportar o Faustão muito acima nos decibéis, certamente com microfone especial. Ele podia nos poupar de ter de estar ajustando o volume a cada cena.  09\17
A autora da novela das nove da TV Globo abusa das licenças poéticas e dos artifícios para dar sequência à sua comédia dramática. Se um fiscal do trabalho visitar a novela vai estranhar suas empregadas domésticas trabalhando 24 horas, dia e noite. O casal vai dormir e elas continuam atentas aos patrões.   28\09\17

A propósito das novelas    07\10\17
Está próxima de encerrar-se mais uma novela das nove da Globo e religiosamente se apronta uma nova aposta que se espera vai concentrar a atenção da família brasileira como atração doméstica noturna, que embala o trânsito entre mais um dia de trabalho, ou de esforço dramático de busca de um trabalho, e o sono reconciliador para manter o ciclo cotidiano vital.
A satisfação que parece ter sido obtida com a presente atração sustenta a expectativa de carregar a audiência para uma próxima.  Sem dúvida a novela das nove, com maior ou menor êxito, tem sido o alimento familiar das noites do brasileiro nos últimos quarenta anos, sem erro, ou com poucos erros.  Quase dava para afirmar que pouco importa o tema, o que garante o sucesso é o horário estratégico consequente da rotina secular da vida urbana, que obriga o descanso após a jornada de trabalho.  Isso dito é forçoso admitir que a novela da Globo tem alguma coisa mais que consegue manter um atrativo que impede que novelas de igual calibre em outros canais tomem corpo, o que só aconteceu por um tempo na época da Manchete. Parte se deve ao que se chama de programação, uma atração segura a outra, mesmo com a disponibilidade do controle remoto. Acho que também por conta de certa agilidade e leveza no tratamento dos temas e desempenho dos atores, quase sempre puxado por meia dúzia de estrelas, atores e atrizes do gosto popular, celebridades formadas na cadeia de programas (de novo a programação). O custo multilateral de sair de noite também pode pesar.
Da novela atual e sua suposta audiência, como já comentei anteriormente, cabem algumas observações: do ponto de vista da dramaturgia a novela é bem simplória, repetitiva, com forte apelo à licença poética e manipulação ardilosa dos fatos para criar suspense. Mas como folhetim ela é exemplar, simplificando as tramas, exagerando nas coincidências, jogando com as expectativas, e provocando acintosamente o expectador, sem compromisso com a consistência interna da narrativa. E sobretudo dando um tratamento leve, quase de humor a todas as cenas. Praticamente todos os personagens assumem certo tom de humor, mesmo nos momentos mais dramáticos. Fora o uso de recursos do gênero como bordões e rodízio das tramas. Nesse sentido a autora mostra mais uma vez o pleno domínio do instrumento e a telenovela acumula mais um êxito como distração das noites da família brasileira. Ponto para a Globo.

O Jornal da Band é o melhor da noite e tem o melhor âncora, Boechat, que é ainda comentarista recomendado. Mas é desagradável de ser visto porque a quantidade de anúncios é absurda. Seria que Boechat usasse o seu prestígio para moderar o tempo de propaganda? Uma pena. 14\10\17

Milton JB Sobreiro
 Há anos atrás, propus uma atividade de pesquisa, a alunos do Ensino Médio, sobre telejornais. Marcamos o mesmo dia e cada grupo gravou um telejornal de uma emissora. Após análise doa tempos usados para cada uma, a produção e a profundidade empregada ao assunto, os alunos chegaram à conclusão de que o Jornal da Band era o melhor, seguido pelo da Cultura, na época com o Heródoto Barbeiro como âncora... o JN foi o pior, na opinião dos alunos de uma escola particular
A atual novela das nove da TV Globo excede no trato de minorias injustiçadas. E falta humor. 14\11\17
21\03\18
Até pouco tempo o Jornal da Band era o melhor telejornal da noite no Rio. Perdeu identidade e se tornou uma geleia geral. Os intervalos são imensos o que prejudica o ritmo do jornal propriamente e se torna insuportável, um convite para trocar de canal, As matérias jornalísticas são poucas, a maioria é matéria de arquivo, sem atualidade e a narração é em off e sem personalidade. Não têm diferença de tonalidade com os anúncios e não se percebe bem os cortes entre propaganda e telejornal.   Uma pena.


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