terça-feira, 22 de agosto de 2017

Da Política Notas no Face


Da Política

O mau comportamento com a coisa pública depende de bons exemplos de uma suposta elite, ou de pessoas famosas que formam opinião. E é isso que nos falta. Quando Lula no auge de seu prestígio passava a mão nas costas dos políticos corruptos que ele queria cooptar, ele estava passando também uma mensagem para o povo que o admirava. Faltam-nos exemplos de virtudes públicas. Alguns poucos casos ocorreram com pessoas pouco comunicativas, sem redes multiplicadoras, como o gaúcho e franciscano Pedro Simon. FHC poderia ter sido esse ícone, mas lhe faltava simpatia do povão. Lula com FHC poderiam ter mudado o país, mas não completaram o perfil necessário para a tarefa. Ainda estamos faltos dessas figuras virtuosas com sentimento cívico iluminado e agregador. Quem sabe um dia a sorte nos bate à porta?    17agosto 17

Os políticos perderam o pudor, se algum dia tiveram. Mas temos de fazer alguma coisa.É claro que as passeatas, paneladas, protestos em rede, nada disso teve resultado, estamos navegando na mesma merda. Será que não vamos impedir essa mamata que estão armando no congresso, depois da que acabaram de perpetrar? Já não temem (temer?) nada. 16  08   17
As contradições entre a população e as autoridades já chegaram a limites insuportáveis que no Século IXX terian gerado uma revolução. Nos dias de hoje... Desculpe, Cris, eu queria dizer que somos impotentes e nunca fizemos nenhuma revolução, nem a francesa, que foi da burguesia.

Como tem acontecido com frequência os argumentos financeiros do governo são absolutamente falaciosos. Quando apontam os déficits da previdência não consideram que a geração da riqueza é atualmente apropriada por uma minoria de bilionários e a distribuição é consequentemente viciada. Os argumentos consideram apenas que o número de trabalhadores, que vai sendo reduzido pelo avanço tecnológico, não poderá dar conta dos gastos com o pagamento dos aposentados quando o que deve ser considerado é a crescimento da própria riqueza do país. É um caso de notória falácia ecológica como diria qualquer bom metodologista. 11  08  17


Não foi, no mínimo, prudente a nova procuradora-chefe visitar Temer, que poderá ser objeto de suas decisões no futuro. Parece que o país perdeu o bom senso e mergulhou direto na insensatez, que aliás rege boa parte da história universal.
A trágica ironia é que os famigerados deputados se sentem agora obrigados a votar a apressada reforma da previdência para provar que tinham de manter Temer para levar adiante as "necessárias" reformas.  07   08   17

É duro conviver com autoridades (sic) e dirigentes públicos sem formação, sem vontade política, sem visão de estado e de interesse público. Que futuro podemos esperar dessa corja de mandatários da vida nacional? As novas gerações já chegam cooptadas para manter seus privilégios e tudo fica como antes no quartel de Abrantes. Se alguém sabe cono mudar isso tem o dever de anunciar e o direito de receber o   06  08  17

Nosso país, por falta de sólidos princípios compartilhados pela população, convive com falsas concepções morais e argumentos justificativos para a legitimação de crimes, pilantragens e malandragens. Uma delas é a tal governabilidade, que todos os partidos praticam. Significa ignorar vícios e crimes de colarinho branco em nome da suposta necessidade de manter a governabilidade. Acabamos de assistir algo assim: não importam os eventuais crimes de corrupção do Sr Temer porque é preciso seguir adiante com a aprovação das reformas e manter a governabilidade do país. Na verdade se trata de esconder a velha prática dos privilégios de classe, do empreguismo, do patrimonialismo e tantas outras falácias nacionais. Fica difícil evoluir com a democracia e os princípios de igualdade de direitos, faltam bons exemplos de boa prática que pudessem servir de base para os mais jovens e as novas gerações. Como vamos conviver com pelo menos 263 deputados que supostamente nos representam no Congresso para fazer o que fazem? Que merda de país é esse? Como sair dessa armação viciosa? Cartas para a redação...  03   08   17

Como pode que um problema jurídico (corrupção) seja resolvido por decisão política? Algo grave está errado no reino da Dinamarca.  02   08   17

Tenho acompanhado com atenção a quantidade de análises dedicadas a entender nossa realidade política contemporânea, todos condenando o estado de coisas, mas ainda não vi uma proposta lúcida e viável de saída desse pântano. A maioria das sugestões e são poucas, cai na ingenuidade da militarização ou do convencimento das elites. Continuo atrás de um milagre.  23   07   17


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