João C. Alexim

23 h  · 

Conteúdo partilhado com: Público

A PROPÓSITO DO VASCO (MINISÉRIE): O ano de 2014 foi a glória para o Flamengo. O Campeonato Carioca foi decidido no último minuto num corner. O bom zagueiro do Vasco, Rodrigo, estranhamente e supostamente se lesiona dentro da pequena área e era corner no último minuto. O que se faria normalmente? Ficava ali deitado, esfriava o jogo e faria uma substituição ou se não pudesse mais, ficava ali em pé. Não. Rodrigo faz esforço para sair de campo e rola até chegar ao lado da rede, fora do campo. O Flamengo cobra o escanteio e no bate rebate um jogador do Flamengo cabeceia, justo onde estaria Rodrigo, e sai correndo comemorando pra o meio de campo. Flamengo leva a taça, mas o que aconteceu ali de fato? Marcio Araújo, que fez o gol estava impedido. O juiz deu o gol para outro jogador do Flamengo, que não estava impedido, acreditem. Isso, mesmo com juiz de gol ao lado da rede. Não posso explicar o Rodrigo, foi burrice ou o quê? Mas o Marcio Araújo correndo para o meio campo, com o estádio cheio, duvido que algum árbitro anularia um gol do Flamengo. Esse é o episódio Marcio, que ficou registrado na história. O juiz Marcelo de Lima Henrique reconheceu o erro tempos depois mas disse simplesmente que não viu e se confundiu. Mais uma taça pro Flamengo, limpa? Em partida anterior entre os dois clubes uma bola chutada contra o gol do Flamengo entrou 33cm e o juiz não deu o gol. Mas aprovou um lance no gol do Vasco em que não dava para saber se a bola entrou. Esses são fatos e podem ser encontrados em qualquer busca jornalística.

Todas as reações:

3André Francisco, Rodrigo Machado e 1 outra pessoa

1

Gosto

Comentar

Partilhar

Rodrigo Machado

O Flamengo é um caso fora da curva de que é possível enganar a todos por muito tempo. É um projeto bem sucedido do grupo Globo

 A PROPÓSITO DO VASCO: A herança de Eurico não pode ser a única explicação pra o que acontece com o Vasco há muito tempo, mesmo antes dele. Acho por exemplo, que o confronto simbólico com Flamengo não ajuda nada. O Eurico usava muito esse expediente para esquentar os jogos entre os dois clubes e lotar o Maracanã. Mas isso atiçava também os jogadores e mudava a natureza dos duelos. Antes de Eurico já havia uma certa rixa, Desde o caso conhecido em que a torcida com os dirigentes do Flamengo literalmente roubaram os votos do Vasco das urnas num concurso para escolher o clube mais popular do Rio de Janeiro, portanto do país porque era a capital. Isso está contado em livro do Flamengo como um eito heroico. Oficialmente o sonho das autoridades do futebol era ter no FLA x FLU o maior clássico do futebol brasileiro.

Com o tempo já virou mito as vitórias do Flamengo em situações obscuras, como o caso do Argemiro que foi montado por um atacante do Flamengo para fazer de cabeça o gol de um título carioca. Depois tem o gol em impedimento ostensivo do Araujo, que deu mais um campeonato carioca ao Flamengo

Mais recente, mas não tanto, tem o goleiro de má memória do Flamengo saindo de campo com gestos e declaração de que vitória roubada era mais gostosa. E teve o período em que os juízes marcavam contra o Vasco para demonstrar publicamente que não eram comprados pelo Eurico, o tiro pela culatra. É sabido e histórico que o Vasco foi punido com expulsão pela Liga Principal Carioca e deixou de disputar dois anos o campeonato porque se recusava a eliminar negros no seu time.
Os outros clubes de destaque tiveram afinal de chamar o Vasco de volta porque um campeonato sem o Vasco já não era indiscutível.

Eu poderia passar o dia mostrando como o Vasco passou a ser uma vítima permanente no Campeonato. (SEGUE)

Todas as reações:

Os dirigentes trouxeram Valido de volta da aposentadoria (ele já abandonara os gramados havia mais de um ano). Ele jogou apenas os dois últimos jogos do campeonato. E foi dele, do argentino Valido, o polêmico gol que sacramentou a vitória por 1 a 0 sobre o Vasco. Polêmico porque ele fez falta no beque vascaíno na disputa, no ar, em que cabeceou para as redes. Estava fora de forma, não jogava há muito tempo. Nem teria impulso próprio. Estava assim garantido o tricampeonato rubro-negro. O time do Flamengo nesse campeonato era formado por: Jurandir, Nilton Canegal e Quirino; Biguá, Modesto Bria e Jaime de Almeida; Jacy (Valido), Zizinho, Tião, Pirilo e Vevé. Foi a decisão de 1944 que consagrou de vez o duelo Flamengo e Vasco.

 er mais

Gosto

Comentar

Partilhar

Escreve um comentário...

Online

João C. Alexim

1 d  · 

Conteúdo partilhado com: Público

A Psicologia Social valoriza os mecanismos de defesa de nossa personalidade, coisa que praticamos mecanicamente em nosso cotidiano. A colunista Ruth de Aquino, no Segundo Caderno de O Globo nos fala hoje do filme "Zona de Interesse" e do muro que separa física e mentalmente o campo de Auschwitz da casa de família cujo chefe é o responsável pelo campo. Ao extrapolar para o mundo cotidiano Ruth faz um síntese significativa: "O muro está também em nossa retina, olhamos para outro lado, tapamos os ouvidos. Evitamos os noticiários sobre o genocídio em Gaza, o afogamento de imigrantes, os massacres na África, os envenenamentos na Rússia, os bombardeios na Ucrânia. Os tiroteios, sequestros, assassinatos nas rodoviárias, nos trens, no morro do lado de nossas casas. Ali, bem ali onde moram nossas empregadas e suas famílias." E adverte: "É inevitável sentir calafrios com o avanço da extrema direita em todos os continentes. Com uma linguagem bélica, ultranacionalista e ameaçadora". São tempos tóxicos, difíceis de respirar e ver a realidade que se expressa ao lado, conjugada ao meio ambiente que se nos oferece como o ovo da serpente. E quem pode fazer, as elites e os poderosos, usam certamente seus mecanismos de defesa, quando ou se precisam deles. E nada fazem, como se não fosse com eles